Atlântida
Dobram os sinos sempre a dobrar
Flui o tempo
E Khronos a devorar
Memórias vivas a emergirem
Em cenário único
De águas verdes e
azuis
A brilhar
Sobre a ponte um par romântico
Dentro dos olhos a amar
Era a princesa
Era o pastor
Sem reino e sem rebanho
Entregues ao amor
Nos olhos dele o verde
Nos olhos dela o azul
A névoa cinza em algodão
Devagar devagarinho
Envolve o par
Na lenda e na vida
Dos atlântidas
Poesia zed – 6 de junho de 2016
Poema Atlâtida. Comentário blogue
ResponderEliminarUm lindo e belo poema de amor. Que a memória não atraiçoa. Tempos de encantamento, onde nada faz falta, a não ser viver o Amor. Nas belas ilhas atlânticas. Açoreanas, faz sentido. Com suas lagoas de águas verdes e azuis, onde se espelha a alegria de rostos felizes. A poetisa, conhecedora da cultura greco-romana, a que a nossa matriz europeia se enlaçou, está presente. Na minha humilde opinião, bem a propósito, com o mito de Khronos. Na sua representação do tempo cronológico, as estações, e no tempo rítmico do Sol, entre dormir e acordar, nascer e morrer. Que devagar, devagarinho, lembrando canção célebre, da Ribeira Grande, a nuvem cinza em algodão macio, envolva todos quantos vivem o amor, real e em sonhos. E cumpram a Vida-Viagem, em plenitude.
Obrigada, Guida, pela excelência da tua interpretação.
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