A NARRATIVA E O INCONSCIENTE GENÓMICO
Sempre me interroguei sobre a origem do denominador comum das narrativas fundacionais da literatura, ao ler a Bíblia, os poemas homéricos, as Mil e uma Noites, as lendas e narrativas medievais, as recolhas dos contos populares, etc.
A vontade humana de narrar ao longo dos tempos revela um emissor (colectivo ou singular) consciente do valor da perpetuação da memória de uma colectividade que não se quer perdida e um receptor colectivo atento e capaz de transmitir a mensagem.
Para além disso, o que me parece unir as referidas narrativas seria o comportamento humano despoletado pelos sentimentos do amor e do ódio atravessados pelo sofrimento e pelo medo e pelos seus contrários. Esses sentimentos e as respectivas emoções associadas poderiam ser considerados as traves da estruturação das acções arquitectadas discursivamente entre tensões e equilíbrios, na narrativa universal.
A leitura de O Livro da Consciência aclara o tal denominador comum quando Damásio escreve que as narrativas «giram, em grande medida, em torno da força dos programas emocionais inspirados pelo genoma» e esclarece que «o inconsciente genómico é em parte responsável pela uniformidade que marca uma grande parte do reportório de comportamentos humanos».
Sempre me interroguei sobre a origem do denominador comum das narrativas fundacionais da literatura, ao ler a Bíblia, os poemas homéricos, as Mil e uma Noites, as lendas e narrativas medievais, as recolhas dos contos populares, etc.
A vontade humana de narrar ao longo dos tempos revela um emissor (colectivo ou singular) consciente do valor da perpetuação da memória de uma colectividade que não se quer perdida e um receptor colectivo atento e capaz de transmitir a mensagem.
Para além disso, o que me parece unir as referidas narrativas seria o comportamento humano despoletado pelos sentimentos do amor e do ódio atravessados pelo sofrimento e pelo medo e pelos seus contrários. Esses sentimentos e as respectivas emoções associadas poderiam ser considerados as traves da estruturação das acções arquitectadas discursivamente entre tensões e equilíbrios, na narrativa universal.
A leitura de O Livro da Consciência aclara o tal denominador comum quando Damásio escreve que as narrativas «giram, em grande medida, em torno da força dos programas emocionais inspirados pelo genoma» e esclarece que «o inconsciente genómico é em parte responsável pela uniformidade que marca uma grande parte do reportório de comportamentos humanos».