Lendo KAKU, Michio (2010) - MUNDOS PARALELOS - UMA VIAGEM PELA CRIAÇÃO, DIMENSÕES SUPERIORES E FUTURO DO COSMOS, 2ª edição, Lisboa, Editorial Bizâncio.
No prefácio, o autor começa por definir cosmologia: «o estudo do Universo como um todo»
Situa a primeira revolução da cosmologia no século XVII com a introdução do telescópio com o qual Galileu, na esteira dos estudos de Copérnico e de Kepler, abriu, pela primeira vez, «o esplendor dos céus à investigação séria». O progresso desta primeira fase culminou no trabalho de Newton, formulador das leis que «governam o movimento dos corpos celestes».
Seria preciso chegar ao século XX para a segunda revolução, iniciada com a introdução dos grandes telescópios. Em 1920, Huble usou o telescópio do Monte Wilson «para derrubar dogmas seculares, que afirmavam que o Universo era estático e eterno», demonstrando que o Universo está em expansão, uma vez que as galáxias se estão a afastar da Terra a velocidades enormes. Os seus estudos vieram confirmar os resultados da teoria da relatividade geral de Einstein, «segundo os quais a arquitectura do espaço-tempo, em vez de ser plana e linear, é dinâmica e curva, o que conduziu à primeira explicação plausível da origem do Universo: o Universo começou com uma explosão cataclísmica denominada big bang, que arremessou as estrelas e as galáxias no espaço». Dos estudos sobre o big bang emergiu um quadro com as linhas mestras da evolução do Universo.
A terceira revolução está em curso com os instrumentos de alta tecnologia que permitem obter dados muito seguros «sobre a natureza do universo, incluindo a sua idade, a sua composição e talvez até a sua provável morte futura»,
Não deixando de fazer a retrospectiva da cosmologia, o livro trata dessa terceira revolução, admitindo a existência de novas provas de o nosso Universo ser um entre muitos.