sexta-feira, 4 de julho de 2014

Quando à noite desfolho e trinco as rosas


Para não esquecer o belo poema de Sophia, por ti enviado.

Quinta do Campo Alegre/Jardim Botânico do Porto - roseiral

 
As rosas 

Quando à noite desfolho e trinco as rosas
É como se prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das noites transparentes,
Todo o fulgor das tardes luminosas,
O vento bailador das Primaveras,
A doçura amarga dos poentes,
E a exaltação de todas as esperas.


Sophia de Mello Breyner Andresen, em Obra Poética