Bernardo Soares, Livro do Desassossego:
«Pasmo sempre que acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço.»
«Pasmo sempre que acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço.»
«E penso se a minha voz,
aparentemente tão pouca coisa, não encarna a substância de milhares de vozes, a
fome de dizerem-se de milhares de vidas, a paciência de milhões de almas
submissas como a minha ao destino quotidiano, ao sonho inútil, à esperança sem
vestígios.»
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