domingo, 19 de abril de 2015

a mentira ou a poesia concreta



Colecionador/a de lutos

A vida passa a caminho do nada
Um rasto de rostos presentifica-se
Um manto ténue e esburacado cobre a estrada
Cobras e lagartos formigas e vermes habitam-no
Aves de rapina pássaros e colombinas esvoaçam
Indiferentes ao luto colecionado em coração dorido
Um rasto de rostos a sofrer e a doer em cauda de cometa
Poeira e gases atravessam o firmamento cheio e vazio
A morte de deus o habitante concreto no espaço infinito
A corte celestial em palácio de cristal concreto e abstrato
Em fuga da infância no despertar do ser
a mentira ou a poesia concreta

31 de Março de 2015
zed