quinta-feira, 6 de junho de 2013

O PROJECTO DO GENOMA DO CANCRO

Lendo e citando Michio Kaku: Coexistir com o cancro

«O Projecto do Genoma Humano visa sequenciar os genes da maior parte dos cancros. " Nunca o cancro se nos revelou como agora". A quantidade de mutações individuais nas células cancerosas é espantosa: 23.000 no caso do cancro do pulmão e 33.000 no caso do melanoma. Isto significa que um fumador típico desenvolve uma mutação por cada quinze cigarro que fuma [...].»
O objectivo do Projecto é «analisar geneticamente todos os tipos de cancro, que são mais de 100».
«Como cada cancro envolve dezenas de milhares de mutações, muitas décadas serão necessárias para isolar com precisão quais dessas mutações transtornam o mecanismo da célula».
No futuro, «os cientistas desenvolverão curas para uma grande variedade de cancros, mas nenhuma cura para todos eles, porque o próprio cancro se assemelha a uma colecção de doenças. Também entrarão continuamente no mercado novos tratamentos e terapias, todos concebidos para atingir o cancro nas suas raízes moleculares e genéticas. Entre os promissores, incluem-se: antiangiogénese ou corte de abastecimento sanguíneo a um tumor para que não volte a crescer; nanopartículas, que se assemelham a "bombas inteligentes" dirigidas para as células cancerosas; terapia génica, sobretudo para o gene p53; novos fármacos que visem apenas as  células cancerosas; novas vacinas contra virus que podem causar cancro [...].
Infelizmente, é improvável que se encontre o fármaco perfeito para o cancro, sem efeitos secundários. O mais provável é que  a grande redução das taxas de mortalidade ocorra quando tivermos chips de ADN espalhados pelo ambiente, a detectarem  constantemente células cancerosas anos antes de se formar um tumor .
Como refere o prémio Nobel David Baltimore, "O cancro é um exército de células que combate as nossas terapias de uma maneira que decerto nos manterá constantemente em guerra"».

CANCRO


«Em 1971, antes da revolução em engenharia genética, as causas do cancro eram um mistério total.
Neste momento os cientistas percebem que o cancro é basicamente uma doença dos nossos genes. Quer seja causado por um virus, por exposição química, por radiação ou pelo acaso, o cancro envolve fundamentalmente mutações em quatro ou mais genes, nas quais uma célula normal "se esquece de como se morre". A célula perde o controlo sobre a sua reprodução e reproduz-se sem limites, acabando por matar o doente. O facto de ser necessária uma sequência de quatro ou mais genes defeituosos para causar cancro explica provavelmente por que motivo a doença mata muitas vezes décadas depois de um primeiro incidente.»

(lendo e citando Michio Kaku, in A FÍSICA DO FUTURO, 2011, editorial Bizâncio, p. 174)


De Rerum Natura: Planetas "visivelmente vistos": uma descoberta

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