sexta-feira, 14 de maio de 2010

MUNDOS PARALELOS - KAKU, Michio


«Representações do Universo bebé»

Num primeiro momento, Michio Kaku expõe as origens do Universo pelos mitos cosmogónicos, subdivididos em duas categorias contraditórias: aqueles que apresentam a criação a partir do nada e os que consideram o Universo eterno (sem princípio nem fim).

Depois dessa deliciosa exposição, Kaku apresenta a possível conciliação dos dois tipos de cosmogonias a partir do mundo da ciência. Afirma, então:

«O que está a emergir gradualmente dos dados é uma grande síntese destas duas mitologias opostas. Talvez, especulam os cientistas, a Criação ocorra repetidas vezes num oceano intemporal de Nirvana. Nesta nova representação, o nosso Universo pode comparar-se a uma bolha que flutua num "oceano" muito mais vasto, onde novas bolhas estão constantemente a formar-se. De acordo com esta teoria, os universos, como bolhas que se formam na água a ferver, estão em criação contínua flutuando numa arena muito mais vasta, o Nirvana do hiperespaço a onze dimensões».

O estudo desses mundos paralelos ocupam os cientistas (físicos e astrónomos), abrindo portas para especulações que incluem a possibilidade da futura fuga de um Universo para outro.

O motor dessas novas teorias é o fluxo de dados dos satélites espaciais, nomeadamente do satélite WMAP, lançado em 2001, que forneceu uma imagem pormenorizada do Universo primitivo, com uma precisão sem precedentes, quando este tinha apenas 380 000 anos de idade, revelando numa fotografia do céu a radiação de microondas criada pelo próprio big bang (fotografou-se o "eco da criação").